Entre os programas de maior audiência na atual temporada da TV americana, nenhuma série aparece entre as 15 primeiras colocadas. É o que mostra um estudo revelador da empresa Impira em parceria com a revista Variety, analisando os números da Nielsen, o Ibope americano, sobre as preferências do público adulto (de 18 a 49 anos), principal faixa etária para o mercado publicitário.
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O levantamento é uma prova da mudança de hábito, aparentemente sem volta, de como o telespectador consome séries. A oferta de streamings e plataformas online fazem com que as pessoas não necessitem mais estarem à frente da TV na hora exata da exibição de uma atração. Por ser possível assisti-la depois, em qualquer outra hora do dia ou noite, essa opção moderna é a mais popular.
Uma comparação é válida. A pesquisa da Impira pegou o mesmo recorte em 2015: média de audiência do público adulto no “ao vivo”, entre 21 de setembro e 22 de novembro. No caso, seis séries apareciam no top 15: (em ordem crescente) Ponto Cego, Grey’s Anatomy, Scandal, Modern Family, The Big Bang Theory e Empire.
Mais da metade de uma década se passou e o cenário é outro. No top 15 de 2021, dominam atrações esportivas (jogos de futebol americano e beisebol), variedades (premiações) e realities shows (The Voice, The Masked Singer…).
No ranking geral, a primeira série da lista é Chicago Fire, na 18ª posição. Coladas atrás vem 9-1-1 (19ª) e Chicago Med (20ª).
Caso Grey’s Anatomy e Fox
Tabelas alternativas divulgadas pela Nielsen mostram que sim, cada vez mais os telespectadores estão assistindo às séries após elas irem ao ar. Grey’s Anatomy é um exemplo cristalino disso.
No “ao vivo”, o drama médico registrou a pior audiência da história em mais de 16 anos na ativa com um episódio da atual 18ª temporada. Porém, ao computar a audiência dentro de 35 dias de exibição de um capítulo, os números mais do que triplicam.
A Fox, ao focar em reality shows e esportes, vendeu toda a cartela de entretenimento para a Disney e pulou logo fora desse barco, se dedicando no que atrai mais o público “ao vivo”. Mas as séries não deixaram de ter uma suma importância, absolutamente. Só é questão de ajustar prioridades, entender o mercado e interpretar a situação da maneira adequada.
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