Há três anos, a rede americana NBC acertou no alvo com Manifest, rotulada então de “nova Lost”. Após cancelar o drama sobrenatural, que foi ressuscitado pela Netflix em agosto, a emissora líder de audiência nos Estados Unidos tenta emplacar outra série sobre desaparecidos, recheada de muitos mistérios e drone ao invés de avião. A atração bola da vez chama-se La Brea.
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Com muita boa vontade, dá para rotular La Brea (inédita no Brasil) como a série sensação da atual fall season, a temporada de lançamentos entre setembro e novembro. Em 2018, nessa mesma época do ano, Manifest estava em uma situação igual.
No quesito audiência, depois de seis episódios exibidos, La Brea é a série novata mais vista entre o público adulto americano, de 18 a 49 anos, a faixa etária mais importante para o mercado publicitário. Essa liderança também foi alcançada pela primeira temporada de Manifest, usando o mesmo critério.
Conheça a série La Brea
A vida corre normalmente em Los Angeles, o povo apressado preso em um enrolado e comum congestionamento. Do nada, o asfalto bem no centro da cidade começa a rachar e um buraco gigante se abre. A cratera sugou absolutamente tudo ao redor, separando famílias (teve gente que escapou de ser engolida).
O nome da série, La Brea, vem da localização onde ocorreu esse desastre. Na vida real, naquele ponto está o Museu La Brea Tar Pits, que conserva fragmentos pré-históricos do solo californiano, como asfalto (piche), fósseis e outros elementos. Em português, brea pode ser traduzido por piche/breu.
As pessoas sugadas pelo buraco não morreram, como quem ficou de fora acredita. Elas atravessaram uma fenda, tipo de um portal, e aterrissaram em um lugar completamente verde, uma floresta. Atordoados, ninguém daquele grupo sabe bem onde estão.
O curioso é que La Brea não foge das comparações com Lost (2004-2010) e até brinca. Logo no primeiro episódio, o personagem debochado do grupo, o Scott (Rohan Mirchandaney), solta a frase: “parece que estamos em um episódio de Lost.“
Ele, inclusive, por ser antropólogo, será o condutor na resolução dos mistérios de La Brea. Como é usuário de drogas recreativas, às vezes não dá para saber se ele está falando sério cientificamente sobre uma coisa ou é pura brisa.
Visões
Na superfície, o ex-militar Gavin Harris (Eoin Macken), piloto de avião, perdeu a mulher, Eve (Natalie Zea), e o filho Josh (Jack Martin), engolidos pela cratera. Após sofrer um acidente tempos atrás, ele foi dispensado da Força Aérea e atualmente luta contra o vício em bebida alcoólica.
Desde a saída da Aeronáutica, Gavin tem visões claras sobre um mundo pré-histórico. Mas nem ninguém nem a própria família acredita nele. Depois do desastre, as visões se intensificam e ele jura de pé junto que a mulher, filho, assim como outras pessoas vítimas do buraco, estão vivas.
Surge a ideia de usar um drone superturbinado para adentrar na cratera e passar pelo portal, que quem está na superfície também vê. A missão alucinada, claro, terá o envolvimento do governo americano, não tão interessado assim em resolver esse enigma.
Avaliação
La Brea sofreu massacre dos críticos, ganhando a nota 49 (de 100) no site Metacritic. Assim como foi Manifest na primeira temporada, com a nota 55. Ambas as séries não tem ambições de gabaritar prêmios acadêmicos. Servem para telespectadores amantes de quebra-cabeças, dispostos a desvendar teorias.
Manifest se provou um sucesso de público com o passar do tempo, inclusive no Brasil, exibida nas noites da Globo. Com La Brea, é melhor esperar mais um tempo para chegar a um veredicto.
Veja o trailer, em inglês, de La Brea:
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