IMPERDÍVEL

De barraco em família a paisagens sensacionais: 5 motivos para ver Yellowstone

Succession na zona rural, o drama é a melhor série que você ainda não assistiu

Publicado em 07/11/2021

Pela primeira vez, a exibição de Yellowstone será quase instantânea no Brasil. A quarta temporada estreia no streaming Paramount+ na segunda (8), um dia após a exibição nos Estados Unidos. Essa é uma ótima oportunidade para ficar por dentro dessa série imperdível, a melhor que você ainda não viu.

A mistura de elementos clichês da dramaturgia, como briga de irmãos por herança, com temáticas incomuns de serem vistas na TV fazem Yellowstone ser especial. As paisagens de tirar o fôlego, atuações de primeira linha e discursos motivacionais do personagem de Kevin Costner (com introspecções de fazer rir ou pensar) estão dentro do pacote sólido da atração.

Confira cinco motivos para assistir à Yellowstone:

Barraco em família

A base de tudo é a família. Yellowstone é uma Succession na zona rural. Três filhos (dois homens e uma mulher) brigam pela herança do pai. No caso, o patriarca é John Dutton (Kevin Costner), dono de um rancho gigantesco e, com a saúde deteriorada, precisa determinar quem vai herdar o império.

O telespectador aposta em qual dos filhos tem mais chances ou merece a coroa. E o trio de irmãos faz de tudo para convencer o pai (e de tabela o público) de que são dignos de sentar no trono. Então, não falta traições, gritaria e ofensas de todos os lados.

Em tese, o caubói Kayce (Luke Grimes) é o mais desinteressado nas terras, isso por causa de traumas. Já o advogado Jaime (Wes Bentley) é ambicioso e tem como principal rival a Beth (Kelly Reilly), manipuladora nata. Não há tempo para vulnerabilidade. E nada de abrir o coração nessa família desajustada.

Fotografia sensacional

Yellowstone é ambientada no Estado de Montana, localizado no noroeste dos EUA, que é essencialmente rural, o quarto maior em extensão territorial. As cenas mostradas nos episódios, como montanhas, vastos terrenos verdes e rios, são raras de serem vistas em uma série. O clima da zona rural é gostoso e faz bem aos olhos. 

A narrativa às vezes dá um tempo no caos ao focar nas florestas e na rotina de um rancho. São poucos momentos de paz, podendo até criar um clima para romances. Além de Montana, a série gravou cenas no Estado de Utah, um pouco mais ao sul.

Kevin Costner (à esq.) junto com Luke Grimes em Yellowstone
Kevin Costner (à esq.) junto com Luke Grimes em Yellowstone (Divulgação/Paramount)

John Dutton, coach da vida

O papel de John Dutton caiu muito bem em Kevin Costner. O ator e diretor vencedor de dois Oscars e dois Globos de Ouro interpreta com precisão o fazendeiro turrão, de cara fechada e um homem de família. Uma das marcas dele são frases de efeito, entendidas de formas variadas: como palavras de sabedoria ou só um esforço de filosofar sobre a vida, o que culmina em uma espécie de coach frustrado.

Que tal esse conselho: “Aprenda a ser mais cruel do que o mal, ame a sua família e aproveite o nascer do sol“. Ou uma motivação tipo “isso aqui pode acabar com a gente. Mas vamos fazer mesmo assim“. Tem ainda esse traço de verdade: “A vida tem uma constante. Você constrói algo valioso. Daí, alguém vai tentar roubá-lo“. E essa pérola: “Há um ditado por aí. Se sua filha sabe montar a cavalo, ninguém vai montar nela.

Elenco de primeira

Costner encabeça o elenco de Yellowstone, que é bom de ponta a ponta. Entre os filhos, o destaque fica por conta de Kelly Reilly. Ela dá show ao interpretar uma filha cheia de problemas, acumulados por um passado sombrio. A busca da cura vem em uma vida promíscua e cheia de bebedeira.

O elenco de apoio é excelente, dos trabalhadores de Dutton alocados no alojamento do rancho aos vilões que surgem a cada temporada. Quem curte uma série com atuações de alto nível se satisfaz em Yellowstone.

Fora da curva

O balanço de apresentar uma estrutura convencional em uma roupagem inovadora se faz presente na trama em si. Yellowstone coloca no centro da narrativa os indígenas, de longe a parcela da população americana menos representada na TV. É um retrato importante para o público absorver um pouco sobre como os EUA lidam com a população original daquele território.

Os Duttons tem uma tribo nativa como rival. E Kayce é casado com uma indígena, chamada de Monica Dutton-Long (Kelsey Asbille). Aqui, Yellowstone abre mais espaço para esse arco porque Monica é professora universitária especializada na história dos Estados Unidos. Ela leciona os fatos pelo ponto de vista indígena, viés excluído dos livros didáticos.


Siga o Observatório de Séries nas redes sociais:

Facebook: ObservatorioSeries

Twitter: @obsdeseries

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade