Comédia que estreou no Brasil com o streaming Star+, Only Murders in the Building marcou a volta de Selena Gomez como protagonista de uma série, desde o fim de Os Feiticeiros de Waverly Place (2007-2012). A atriz provocou um choque de gerações ao contracenar com duas lendas do humor: Steve Martin e Martin Short. Essa combinação exótica deu certo, no final das contas?
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Sim, é a resposta mais curta e precisa. Only Murders in the Building se destaca como uma das melhores comédias do ano, sem dúvida. Mas não na esfera refinada, favorita a ganhar prêmios e tal. A atração é entretenimento puro, perfeita para relaxar durante os episódios curtos (cerca de 30 minutos cada) e dar boas risadas.
A fórmula de Only Murders in the Building
Atração da plataforma Hulu nos Estados Unidos, Only Murders in the Building é disponibilizada simultaneamente no Brasil pelo streaming Star+, com novos episódios sempre às terças (são dez, no total). A mensalidade sai por R$ 32,90 (clique aqui e saiba como assinar)
A série pega emprestado um filão dos dramas, as tão famosas investigações criminais, e a tempera com um bom humor de extrema qualidade. Essa é a fórmula de atração, colocar o telespectador para rir enquanto tenta resolver um crime.
No centro da história estão três personagens desconectados entre si, no começo. Charles (Steve Martin) é um senhor que vive sozinho e que foi famoso nos anos 1980 porque estrelou uma série policial de sucesso na TV. Diretor decadente de teatro, Oliver (Martin Short) vive na pindaíba. E a jovem Mable (Selena Gomez) carrega dentro de si muitos mistérios.
Os três moram no mesmo prédio chiquérrimo localizado em Nova York. O que os une é um podcast true crime, investigação policial e jornalística de um caso real. Na mesma noite em que se conhecem por causa do programa, ocorre uma morte no local onde moram.
Rapidamente, a polícia trata o caso como suicídio. Mas os agora amigos vão fazer a própria investigação em busca da verdade. E vão gravar um podcast em paralelo, é claro.
O segredo
O que faz Only Murders in the Building ser única é a química que encontrou entre os três protagonistas. Steve Martin e Martin Short são conhecidos de longa data, com vários trabalhos juntos. Selena Gomez entrou no mix aparentemente após um botão randômico ter sido apertado para encontrar alguém que completasse o trio. O encaixe foi perfeito.
Os três funcionam muito bem sozinhos e quando estão juntos. O segredo da série é brincar com a diferença de idade que há no elenco. Mabel, por exemplo, tem de explicar para Charles que ele não precisa ser tão formal e assinar as mensagens que envia por aplicativo no celular como se estivesse escrevendo uma carta.
O ex-ator só fez isso para evitar um “crime”. Ele queria ligar para Mabel, mas Oliver sabiamente o impediu. “Por qualquer motivo que seja, eles [jovens] não gostam de atender ligações“, disse o diretor, exalando grande sabedoria.
A zoeira inversa também rola. Os dois velhinhos do trio ficam completamente estarrecidos quando Mabel demonstra que nunca ouviu falar de Sting. Ela reflete um pouco e tenta corrigir a situação: “Ah, ele é o cara do U2“. Quase que os experientes morrem do coração ao ouvir isso.
Only Murders in the Building não é para quem procura uma investigação criminal densa (existem muitos documentários por aí desse tipo). A comédia bebe da fonte do infalível “quem matou?”, lado a lado com um humor que diverte, sem ser apelativo ou muito cabeça.
Veja o trailer de Only Murders in the Building:
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