ANÁLISE

Dinâmica, The Walking Dead começa bem o caminho para o ponto final

A primeira parte da 11ª temporada termina neste domingo (10), no streaming Star+

Publicado em 10/10/2021

Novo grupo de vilões, tensão entre heróis, estreia de comunidade e um tipo de zumbi nunca antes visto. A primeira parte da 11ª e última temporada de The Walking Dead, que se encerra neste domingo (10), preparou bem o terreno em direção ao ponto final, com muito dinamismo e reviravoltas empolgantes. 

O drama zumbi avançou em muitos quesitos da trama e ao mesmo tempo inseriu novidades pertinentes, nunca esquecendo da HQ homônima na qual a série se baseia. Esse foi o caso dos zumbis sonecas, chamados de Lurkers, presentes nos quadrinhos mas até então inéditos na atração da TV.

Outra ligação direta com a fonte primária foi a introdução da comunidade Commonwealth, citada vez ou outra na série The Walking Dead desde a nona temporada. 

O santuário colossal com resquícios do mundo pré-surto é um local no qual os 50 mil habitantes vivem em segurança e emulam a rotina de antes do apocalipse zumbi, frequentando shows, praticando esportes e até comprando bolos em uma confeitaria.

Commonwealth é o núcleo da 11ª temporada e irá atrair os heróis da narrativa, seja por vontade própria ou à força. Na atual leva, TWD foi feliz ao desvendar os segredos e detalhes da comunidade passo a passo, como se o próprio telespectador estivesse entrando lá.

Ritchie Coster é o Papa, líder dos Ceifadores
Ritchie Coster na pele de Papa em The Walking Dead DivulgaçãoAMC

Ceifadores tocaram o terror

Com liberdade criativa, a showrunner Angela Kang, a faz-tudo de The Walking Dead, coordenou a formação de um grupo de vilões sem relação com a HQ. Foi uma investida interessante e um pouco arriscada. Afinal, é mais fácil adaptar o que os quadrinhos mostram, como nos casos dos Sussurradores e dos Salvadores.

Formado por ex-militares, os Ceifadores não reúnem dezenas e dezenas de adeptos. Mas os que estão no grupo são fiéis e impiedosos. Existe um ar de seita, pois os soldados veneram o líder, batizado de Papa (Ritchie Coster), e seguem à risca todas as instruções do comandante.

O oitavo episódio será um divisor de águas entre os Ceifadores e os heróis de The Walking Dead. O fã pode esperar muita ação no encerramento da primeira parte da 11ª temporada.

Bem me quer, mal me quer

Os três principais personagens de The Walking Dead estão em lugares distintos. Daryl (Norman Reedus) se infiltrou nos Ceifadores. Carol (Melissa McBride) protege Alexandria e caça mantimentos. E Maggie (Lauren Cohan) simplesmente caminhou ao lado do maior algoz, o Negan (Jeffrey Dean Morgan).

Colocar Negan junto de Maggie foi uma bela sacada; um é inimigo do outro. O drama não deixou em nenhum momento diminuir a tensão entre eles, flertando entre “vou te matar” e “preciso de sua ajuda.” 

Um dos pontos altos da atual leva foi quando o anti-herói ensinou a viúva a ser uma sussurradora, truque para se camuflar de zumbi e caminhar entre os mortos-vivos, usando uma horda como estratégia de batalha.

Como Daryl e Carol vão protagonizar um spin-off de The Walking Dead, o público sabe que eles não vão morrer. De resto, todos estão com a cabeça a prêmio no restante da temporada. O confronto Negan e Maggie é uma boa para quem quiser apostar que desse duelo ao menos um irá bater as botas.


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