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COMÉDIA ÂNCORA

Seinfeld é arma da Netflix para conter fuga de assinantes

A gigante do streaming lança todos os 180 episódios da série aclamada em 1º de outubro

Publicado em 06/09/2021

A Netflix tem em Seinfeld (1989-1998) um trunfo para conter a fuga de assinantes que amedronta os acionistas. Investidores também estão dando adeus à empresa. As razões da debandada são similares, em parte porque a plataforma perdeu séries âncoras, como Friends (1994-2004). A comédia sobre nada, vencedora do Emmy em 1993, vem para amenizar esse problema a partir de 1º de outubro.

Na Bolsa de Valores de Nova York, as ações da Netflix cresceram 2,3% na última quarta-feira (1º), data na qual a Netflix anunciou que Seinfeld estaria disponível completa, em todo o mundo, no mês que vem. A empolgação melhorou o humor do mercado, um tanto receoso com a gigante do streaming.

Após o boom de assinantes angariados em 2020, o início da década seguinte foi ruim para a empresa sediada em Los Gatos, Califórnia (EUA). Os balanços trimestrais publicados neste ano revelaram queda no contingente de assinantes e baixa adesão de novos clientes, dados aquém das projeções.

Julia Louis-Dreyfus e Jerry Seinfeld na série Seinfeld
Julia Louis Dreyfus e Jerry Seinfeld na série Seinfeld DivulgaçãoNBC

Seinfeld exclusivo

Um dos fatores que atraem consumidores para os streamings, além das séries quentes do momento, são as comédias do passado, rotuladas como atrações aconchegantes, aquelas que o público recorre para dar risada da mesma piada pela enésima vez. 

Nos últimos anos, a Netflix perdeu para a concorrência as principais comédias desse estilo, como Friends (HBO Max), The Office (2005-2013; Prime Video e Paramount+) e How I Met Your Mother (2005-2014; Globoplay e Prime Video). 

Na plataforma, ainda estão Modern Family (2009-2020) e Brooklyn Nine-Nine, entretanto ambas não têm o mesmo poder de fogo das citadas acima.

Em qualquer lugar do planeta, a pessoa que quiser assistir Seinfeld em um streaming terá de assinar a Netflix. A comédia rotulada como a melhor de todos os tempos, laureada nas maiores premiações hollywoodianas, carrega fãs por onde quer que vá. E a dono do tudum torce para isso mesmo, que novos assinantes cheguem aos montes.

Retornos de peso

No mês que vem, a Netflix vai divulgar um novo balanço, ainda sem o impacto de Seinfeld. O streaming espera anunciar uma adição de 3,5 milhões de novos clientes (no mundo todo), acima do ganho de 1,54 milhão do relatório passado. O mercado espera mais assinantes, na casa dos 3,7 milhões.

Seinfeld é uma raridade, pois é uma série de terceiro (da Sony) adquirida pela Netflix. Por isso, a empresa pagou cerca de US$ 500 milhões (R$ 2.6 bilhões) pelos direitos universais.

Daqui para frente, a gigante do streaming cada vez mais terá de se escorar na promoção de conteúdo próprio na estratégia de conter e atrair novos assinantes.

A sempre popular Lucifer retorna com os dez últimos episódios na sexta-feira (10). Vem ainda por aí novas temporadas de grandes atrações, mas todas em dezembro: Cobra Kai, The Witcher (dia 17) e o final de La Casa de Papel (dia 3).


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