IRREAL

Criador de Round 6 explica porque uso de armas na série é simbólico

O cineasta Hwang Dong-hyuk contextualizou como o armamento é visto na Coreia do Sul

Publicado em 19/11/2021

Por onde passa, o criador de Round 6, o cineasta sul-coreano Hwang Dong-hyuk, é questionado sobre o uso de armas na série da Netflix. Na atual edição da revista The Hollywood Reporter, ele contextualizou a opção criativa de exibir nos episódios um armamento pesado e de mostrar centenas de pessoas fuziladas impiedosamente.

Em Round 6, uma competição se desenrola com 456 pessoas de olho em um prêmio bilionário. Elas participam de seis jogos que imitam brincadeiras infantis populares na Coreia do Sul. Em três desses jogos, o eliminado morre alvejado por uma bala de revólver.

Na Coreia [do Sul], nós não usamos armas“, descreveu o cineasta. “Então, arma é um objeto fora da realidade no país. Logo, eu pensei que eliminar as pessoas dos jogos usando uma arma seria, na verdade, muito irreal, de certa forma.

Hwang Dong-hyuk continuou: “E significaria que a eliminação não seria tão violenta porque seria mais simbólica do que realista. É uma maneira simples e simbólica de igualar a eliminação com a morte.

Esse debate do uso de armas e balas de festim em séries e filmes ganhou a linha de frente no mundo do entretenimento após a morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos, durante a gravação do longa Rust, em disparo de um revólver feito acidentalmente pelo ator Alec Baldwin. 

Séries como The Boys e The Rookie, com muitas armas em cena, determinaram que agora só vão usar armamento cenográfico, sem qualquer tipo de bala. Todos os efeitos de disparos e afins serão adicionados na pós-produção.


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